QUEBRA DE DORMÊNCIA EM AMÊNDOAS CASTANHA-DO-PARÁ (BERTHOLLETIA EXCELSA)
Main Article Content
Abstract
A quebra de dormência é uma técnica que busca superar as condições naturais da semente de algumas espécies que possuem dificuldade no processo de germinação. Sob outro ponto de vista, temse as amêndoas das castanheiras, que possuem germinação retardada por sua dormência (1), também conhecida como comportamento recalcitrante (2). O trabalho em questão visa apresentar tipos de técnicas já usadas para quebrar a dormência da espécie B. excelsa. Para a realização do presente trabalho, foram realizadas pesquisas nas bases de dados do Google Acadêmico, SciELO e EMBRAPA entre 1982 a 2020. Observou-se que, a dormência nessa espécie se dá principalmente por 3 fatores: químicos, a presença de inibidores; físicos, a impermeabilidade do tegumento externo e; morfológico, a maturação do embrião que pode demorar mais que 180 dias para iniciar o processo germinativo (3). Para contornar o problema, algumas são usadas para produção mais uniformes e também processos germinativos mais eficientes em tempo reduzido, essas técnicas alternativas são: Imersão em água e descascamento da semente, na qual a castanha é mantida no mínimo 48 horas para que seu tegumento seja eliminado mais facilmente na prensa, tendo menor perda por danificação na amêndoa e permitir o desenvolvimento do caulículo e radícula, é importante que nenhum material fique nos extremos polos da semente, pois é onde irá emergir a parte aérea e radicular da planta (4); Areia úmida, é usada uma caixa com determinada quantidade de areia lavada umedecida com água em quantia suficiente para atingir 60% da capacidade de retenção constantemente e 60% da luz solar diária, e neste processo, as castanhas devem ficar semeadas na areia na profundidade de 20 cm por no mínimo 90 dias, para facilitar o lixamento as quinas do tegumento e retirar o resto com o auxílio de um canivete, tomando o devido cuidado para não danificar as amêndoas (5); Concentrado de ácido giberélico, na qual submete-se as amêndoas a 600 mg L-1 no ácido giberélico por 48 horas e posteriormente insere-as na profundidade de 3 cm em caixa de areia úmida nas condições citadas acima, mas este tratamento não tem boa eficiência podendo até causar efeito antagônico ao que se espera (6); Tratamento térmico em salas de termogerminação, consiste em sementes confinadas em sacolas policarbonato hermeticamente fechadas em salas de temperaturas controladas entre 39 °C ± 1 °C e umidade relativa 80% em média de 30 a 120 dias (7). Os usos destas tecnologias alternativas para simplificação do processo, pode alavancar o plantio da castanheira para produção em campo além de expandir o reflorestamento em conjunto com outras espécies.