COBERTURA VEGETAL VIVA COMO TÉCNICA DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

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Aline Rodrigues de Oliveira
Felipe Cordeiro de Lima
Adriana Ema Nogueira
Luciana Ferreira
Fernando Correa dos Santos

Abstract

Os solos Rondonienses voltados para a agricultura foram constituídos, em sua maior parte, através de derrubadas e queimadas, sendo utilizados por alguns anos e abandonados após o processo de degradação. Essa prática não sustentável contribuiu para solos expostos, com erosões, ácidos, com baixa fertilidade e pouco teor de matéria orgânica (1). O presente trabalho visa apresentar três potenciais culturas para recuperação de áreas degradas, tornando-as mais agricultáveis a longo prazo e suas demais vantagens no campo. Para elaboração do trabalho, foram realizadas pesquisas nas bases de dados do Google Acadêmico no ano de 2022, buscando técnicas para recuperar e conservar a fertilidade dos solos; beneficiar áreas descobertas; repelir pragas agrícolas; diminuir áreas compactadas; lixiviadas ou solarizadas e que sofrem o “efeito splash,”. Verificou-se três potenciais culturas para cobertura vegetal vivas, sendo elas a crotalária (Crotalaria juncea, C. spectabilis e C. ochroleuca) o feijão-deporco (Canavalia ensiformis) e o milheto BRS 1501 (Sorghum). A crotalária é uma cultura dicotiledônia capaz de descompactar o solo pelo seu sistema radicular pivotante, aumenta o teor de matéria orgânica melhorando diversos aspectos físicos e biológicos, além de auxiliar na fixação do Nitrogênio. Dentre as espécies cultivadas, a Crotalaria juncea possui maior capacidade de descompactação do solo devido a fitomassa da parte aérea e das desenvolverem-se bem nos primeiros 48 dias após a semeadura, que resultará em maior matéria orgânica no solo (2). O feijão-de-porco é uma cultura que protege contra erosão, auxilia na retenção de umidade, aumenta matéria orgânica e melhora os aspectos biofísicos do solo, como na realização de FBN, além de ter efeito alelopático contra determinadas ervas daninhas e nematoides (3). O milheto é uma cultura com pouca exigência hídrica, alta capacidade de ciclagem de nutrientes, crescimento rápido e elevada produção de biomassa, que acarreta uma boa quantidade de palhada para o solo, ademais, pode ser usado para produção de silagem e recuperação de pastagem (4). O uso dessas culturas citadas reafirma o bom manejo de solos expostos e degradados. Tais tecnologias podem tornar custo de produção mais baixo, diminuindo gastos com agrotóxicos e fertilizantes, devido suas diversas vantagens no campo, principalmente a recuperação de fertilidade e repelência de pragas agrícolas.

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