FARMACOVIGILÂNCIA DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO MUNICÍPIO DO VALE DO PARAÍSO, RONDÔNIA
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Resumo
Drogas psicotrópicas podem promover alterações de comportamento, humor e cognição, modificando seletivamente o sistema nervoso central. Estudos apontam que a prevalência de uso no Brasil é de aproximadamente 10%. Neste contexto, realizou-se um levantamento do consumo de medicamentos psicotrópicos, em um município do estado de Rondônia, com o objetivo de determinar o perfil dos usuários de psicofármacos, o grau de informação, as principais reações desagradáveis e as especialidades médicas que os prescrevem. O estudo foi do tipo transversal descritivo com aplicação de questionário. As variáveis estudadas visavam caracterizar o perfil dos usuários e fatores relacionados a utilização de medicamentos. Os resultados mostraram que as mulheres (59,62%) utilizam os medicamentos psicotrópicos com maior frequência que os homens (40,38%), a faixa etária em evidência foi de 41 a 60 anos (44,44%), a maioria dos entrevistados é casada (58,8%), denotou-se que 55,2% não completaram o ensino fundamental e 98,5% dos indivíduos declararam renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos. A maioria dos entrevistados utiliza medicamentos a mais de 1 ano. A ansiedade é a principal queixa apresentada ao médico. As consultas e os medicamentos são adquiridos em sua maioria no SUS e 97,4% dos usuários não apresentaram reações adversas. A classe medicamentosa mais utilizada é a benzodiazepínica e a prescrição em 68,88% dos casos é feita pelo clínico geral. Verificou-se a necessidade da contratação de profissionais especializados para realizar o acompanhamento dos pacientes e desta forma contribuir para a melhoria dos serviços da saúde prestados à população.